Eu só queria dizer por aí tudo que meu coração bombeia pelo meu sangue. E nesse desatino, enquanto aguardo, sei que perderei a pouca razão que ainda me resta, esganando com força todos os sentimentos que insisto em evitar.
A verdade é que tua alma me encanta, me encantou desde de quando bati os olhos em você pela primeira vez e senti um calafrio leve. E o olhar é o que fez toda a diferença. Posso ver sua aura bela de longe. Seu olhar é genuíno, ingênuo, passa uma energia de paz, a paz que não tenho.
Te quero na minha bagagem. Mas não falo, não digo, somente demonstro. E sei que você nota, mas insiste em guardar também todos os não ditos, e trocar de lugar, trocar de calçada quando me vê. Me fecho e sigo em frente, mas quando me deito às 11 da noite, é seu rosto que me vem. E me acalmo. Sua presença em espírito me acalma. Enquanto muitos se inquietam com o silêncio, este, em que estou com você na mente, me traz serenidade.
E foram tantos desejos e sensações contidas que eu volto a me ver no reflexo dos seus olhos, lembrando de como minha boca tremia ao te olhar e como meu coração insistia em fazer brotar um sentimento que não sei nomear. Quando falam seu nome por aí, sinto o gosto do nó que se forma em minha garganta, tão apertado que é impossível desatar. O céu da boca formiga e borboletas saem a bailar por todo o meu corpo. Uma ânsia, uma salivação. Bobagem. Respiro fundo. Deixo passar.