Nesse sentido, os mantras obedecem a um princípio duplo, que é o que orienta todas as práticas meditativas:
1) Por um lado, constituem uma preparação para purificar os pensamentos;
2) Por outro, são práticas de contemplação que têm o objetivo de relembrar o ensinamento.
O mantra pessoal é prescrito tradicionalmente por um mestre, em função da necessidade e do perfil psicológico do praticante. Mas, hoje quero trazer uma ideia mais leve (talvez até distorcida, confesso) dos mantras. Não proponho que os utilizem em suas práticas meditativas ou yoguis, mas no dia-a-dia. Você já pensou em criar seu próprio mantra? Porque a vida é como aquela frase atribuída a Gandhi: "Suas crenças se tornam seus pensamentos. Seus pensamentos tornam-se suas palavras. Suas palavras se tornam suas ações. Suas ações se tornam seus hábitos. Seus hábitos tornam-se seus valores. Seus valores tornam-se seu destino.".
Então, sim, nossos pensamentos são muito poderosos e um mantra pessoal pode ser uma maneira prática para orientar e centralizá-los em meio ao caos e correria da vida. Porém, a ideia de criar uma frase pessoal, um mantra para se lembrar todos os dias, não deve ser feito de forma mecânica, mas reflexiva, pensando sempre nas palavras e no conteúdo da frase. Os mantras feitos sem a correspondente ideação são apenas um par de letras mecanicamente pronunciadas. Não produzirão nenhum fruto, mesmo se repetidas um bilhão de vezes.
Ando num momento muito corrido e eu percebi que a vida pode ser estressante constantemente se eu permitir que ela seja, mas se eu me lembrar de me abrandar e respirar, ficar atenta ao momento presente e ao que estou fazendo, abrindo meu coração para as pessoas e experiências em torno de mim, o resultado é energia e alegria, não importa o quão louca minha agenda pode ser. E meu mantra tem me ajudado muito nisso.
Eu adoraria saber nos comentários: qual é o seu mantra? Já tinha parado pra pensar nisso? Espero que tenham gostado. Beijos!