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O poder das mandalas

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Mandala é uma palavra que deriva do sânscrito e significa círculo sagrado. Mandala também tem outros significados como círculo mágico, concentração de energia, ou diagrama circular. Universalmente, é o símbolo da totalidade, da integração e da harmonia.
Traduzindo a palavra, significa: manda – essência e la – ter ou conter. Deste modo, pode ser entendida como o que contém a essência ou o círculo da essência.

Apesar das mandalas servirem para a decoração de ambientes ou serem usadas na arquitetura, elas são, igualmente, utilizadas como instrumento para o desenvolvimento pessoal e espiritual. Podemos usar uma mandala para a cura emocional, para a harmonização de ambientes ou para preparar um espaço para meditar ou fazer sessões de cura, como Reiki, massagem, meditação, psicoterapia…
Então, podemos dizer que a mandala serve para ativar, energizar, irradiar, concentrar, absorver, transformar, transmutar, curar e espiritualizar as pessoas que trabalham com elas, um ambiente que se quer fazer especial ou até mesmo para algo que se quer alcançar.

O contato visual com uma mandala é suficiente para que sintamos a nossa energia alterar-se, interagindo com a energia da própria mandala. Essa modificação é sempre positiva, pois atua no inconsciente, levando a estados de consciência. Deste modo, a mandala trabalha os seguintes aspetos pessoais: físico, emocional e energético. A mente é estimulada, as emoções equilibradas e os processos físicos ativados, por isso, a mandala é uma fonte de cura – no sentido benéfico e“sagrado” que ela tem.


No budismo, as mandalas são pintadas como thangkas, representadas tridimensionalmente em madeira ou metal, simbolizadas por montes de arroz, ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma. Neste último caso, a mandala é desfeita após algumas cerimônias e a areia é jogada em um rio próximo, para que as bênçãos se espalhem. A dissolução de uma mandala serve também como exemplo da impermanência.

As técnicas de construção de mandalas fazem parte do aprendizado dos monges tibetanos, incluindo a memorização dos textos que especificam os nomes, proporções e posições das linhas principais que definam a estrutura básica das mandalas. Esses textos não descrevem cada linha ou detalhe, mas servem como guias para complementar a ajuda dos monges mais experientes.
A base central segue proporções de 8 x 8, semelhante à arquitetura dos templos indianos tradicionais e dos altares védicos. O ponto cardeal norte é representado à direita, o sul à esquerda, o leste abaixo e o oeste acima. O centro da mandala representa a essência, a natureza búdica, a própria iluminação.

Qualquer pessoa pode trabalhar com mandalas, tanto com a ajuda de um terapeuta, quanto sozinho mesmo. Se optar por trabalhar sozinho, a pessoa pode colorir mandalas ou desenhar mandalas pessoais, geométricas ou mistas. Também, pode meditar com uma mandala que lhe seja atraente ou que o instigue alguma coisa. É um trabalho simples, mas ao mesmo tempo profundo, pois as mandalas vão colocando, de forma sutil, no lugar certo aquilo que se encontrava fora de lugar.




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