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Sobre incensos

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Incenso vem da palavra "incendere", que significa queimar, incendiar. Portanto, pela queima de qualquer parte de plantas aromáticas (como cascas, raízes, flores, madeiras, resinas), a sua fumaça é capaz de modificar o estado de espírito das pessoas e do próprio ambiente. As plantas mais usadas para esse fim, no começo, foram o sândalo, o olíbano, mirra, benjoim, cânfora, sálvia branca, capim limão, tomilho, entre outras.
Há indícios de que os egípcios foram os primeiros a usarem e confeccionarem incensos. Com o passar do tempo, outros povos, como os chineses, hindus, judeus, gregos, romanos, aderiram esse costume.

Do ponto de vista da fitoenergética, quando o fogo queima a planta, ele libera toda a energia latente acumulada durante o desenvolvimento da planta. Desde a germinação, todos os elementos da natureza atuaram sobre ela; o potencial do ar, da água, da terra e do fogo que participaram do processo de crescimento da planta torna-se disponível junto com a energia da planta quando ativamos com consciência.
Ao ativar todas as energias citadas, o incenso torna-se uma ferramenta poderosa para rituais e cerimônias. Durante a queima, além de todas as energias, é plasmado um potencial energético limpo, como uma folha em branco para colocar a sua intenção, seus pedidos e desejos. Portanto, toda vez que você queimar um incenso, foque sua mente nas intenções que você tem, esteja consciente do que deseja e do que pensa enquanto queima um incenso de ervas.

Já do ponto de vista de outras terapias complementares como a aromaterapia, ao queimar incensos naturais, as moléculas de óleos essenciais da planta se dispersam no ar. Essas moléculas entram em contato com o nosso sistema olfativo ou com a nossa pele; depois, as informações sensoriais chegam ao cérebro, onde se processam as mudanças de estado mental e emocional, evocando memórias e lembranças associadas ao efeito causado pelo incenso. Os efeitos podem ser: relaxante, estimulante, energizante, calmante, antisséptico, curativo, depurador, entre outros.

Os incensos mais tradicionais são feitos de várias partes da planta, ou a partir de sua resina e óleos essenciais, mas há muitos vendidos em maior escala que não contêm esses ingredientes – muitos são feitos com essências não naturais, carvão e derivados de petróleo, que fazem mal à saúde.
De uns anos para cá, houve um aumento do interesse pelo uso de incensos para fazer dos ambientes domésticos e íntimos um local mais aconchegante e agradável. Essa faceta é muito explorada e aplicada pela aromaterapia atualmente, e muita gente pode se enganar com a oferta abundante em qualquer loja de variedades. Para comprar e usar, esteja atento à composição: um bom incenso não contém carvão, derivados de petróleo (como o óleo mineral) e nem essência.

Um estudo feito em Portugal alerta que foram analisados em laboratório 18 ambientadores, entre incensos e óleos, de várias marcas. Conclui-se que a "maioria dos incensos e óleos essenciais libera compostos tóxicos ou nocivos para a saúde, aproveitando a falta de legislação para estes produtos". Nestes produtos, foram encontrados benzeno e formaldeído, "duas substâncias reconhecidas pelos seus efeitos cancerígenos. Um só pau de incenso pode emanar benzeno em quantidade equivalente à de cinco cigarros."

As substâncias encontradas nos incensos e óleos são alergênicas, alerta a associação. Podem ser susceptíveis de provocar "crises de asma ou reações alérgicas". Alguns dos ingredientes têm ainda "compostos orgânicos voláteis, responsáveis por irritações na pele, nos olhos e nas vias respiratórias, enxaquecas, cansaço, náuseas e fadiga".
Para se ver livre do perigo, vale ficar atento à composição, não usar incensos com freqüência, nunca os acender em locais fechados e evitar os que lançam fumaça demais. E a melhor das soluções, faça seu próprio incenso de ervas. Veja o passo-a-passo aqui.

Espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre esse recurso maravilhoso que a natureza nos proporcionou. Beijos!

» fonte | fitoenergética


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