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Dica de filme: Julieta

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Apesar de amar assistir filmes, confesso que não sou  grande entendedora e crítica de Cinema.  Assisti Julieta, o novo longa de Pedro Almodóvar, há cerca de 2 semanas no cinema com meu namorado. Este filme levou o diretor a concorrer à Palma de Ouro em Cannes pela quinta vez em sua carreira.

Sinopse: Julieta tenta seguir em frente ao cogitar mudar de país com o namorado, mas um passado nebuloso volta à tona e ela tem que purgar tudo que viveu com a filha Antía.


O filme começa quando a madura Julieta, na casa dos 50 anos, está prestes a mudar de país com o companheiro, ela encontra ocasionalmente uma antiga amiga da filha. Tal evento atormenta a nossa personagem título. Percebemos que há algo de nebuloso no passado dela e que a informação sobre a filha faz com que a necessidade de uma guinada seja urgente e ultrapasse a instável – e talvez falsa- calmaria que vivia.

A protagonista, Julieta, é interpretada por duas atrizes. Quando jovem, aparece na pele de Adriana Ugarte, que vive a fase em que esta professora de mitologia grega conhece num trem um atraente pescador, Xoan (Daniel Grao). Julieta e ele vivem uma noite de amor no trem.



Desse envolvimento nasce uma filha, Antía, que está no centro do grande drama da vida da Julieta madura (Emma Suárez). Ambas tentam juntas se recuperar de uma grande tragédia ocorrida na vida deles.



Anos depois dessa tragédia, Antía já jovem some da vida da mãe. Após muitos anos, quando  Julieta finalmente ela está encontrando um novo eixo e possibilidade de uma nova vida com seu novo companheiro, reencontra uma amiga de infância da filha e o drama recomeça.



O filme é do jeitinho que gosto: mescla cenas atuais e cenas do passado que explicam muitos acontecimento do presente (e vice-versa). Porém, é um filme que se torna cansativo com o tempo, com a sensação de que o fim nunca vai chegar. Com apenas 1h39min, o filme parece muito mais longo. Não há respiro entre as três histórias, que são ao mesmo tempo interligadas e completamente distintas, o que exige uma concentração grande do espectador.


Do pouco que entendo, achei o roteiro excelente, daqueles que te fazem perder o fôlego e não querer tirar os olhos da tela (nem mesmo pra ir ao banheiro). A fotografia é incrível, uma característica de Almodóvar, que é um diretor refinado. Ele explora bastante a variedade de cores - repare nas roupas usadas pelas mulheres!
Uma história desta densidade cria expectativas e por isso há uma certa frustração ao final, especialmente porque as expectativas são sempre altíssimas, em se tratando de Almodóvar. O filme termina e deixa um gostinho de quero mais, uma sensação de que ainda não era a hora de terminar, mas nada que seja decepcionante e tire o mérito de todo o filme.

Assista ao trailer:


A nota para esse filme é: 4 baldes de pipoca!



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