Sempre fui uma pessoa dinâmica, que gosta de novidades, de realizar sonhos, de promover mudanças e minha vida tem andado tão parada. Tenho andado desanimada, cansada de tudo: blog, maquiagem, consumismo, faculdade. Tenho me perguntado o que realmente tem valor na minha vida. Já excluí Ask.fm, reduzi as postagens aqui no blog, parei de comprar desenfreadamente, gastar meu tempo com Coisas Fúteis. Comecei a ser leve, ler coisas leves, tirar e procurar fotos leves (criei esse Tumblr) e comecei a ver beleza nos pequenos detalhes da vida.
É uma angústia, uma coisa diferente, uns questionamentos que se emaranham na minha cabeça e não consigo explicar pra ninguém. E isso tudo só me dá vontade de fazer uma revolução: cortar o cabelo curtinho, mudar de cidade/faculdade, fazer mil tatuagens, praticar yoga, aprender uma nova língua, conhecer outras religiões, culturas, viajar o mundo. Dá vontade de pegar um tênis, mochila, comida e ir. Largar faculdade, dinheiro, roupas e tudo que não tem valor. Levar quem amo, uma câmera pra registrar as coisas e sair aprendendo com a vida. Wanderlust, eu diria. Ou, como recentemente descobri, Ecdemomania.
Se eu pudesse nascer de novo, ou adotar um estilo de vida totalmente diferente, escolheria ser andarilha, "hippie", maluco de estrada, viver num trailer viajando o país, ou quem sabe pegando carona. Ou aprender a conviver em uma comunidade, cooperativa, vivendo apenas do necessário, plantando meu alimento, costurando minhas roupas. Pode parecer utópico, mas é isso.
Não é uma vontade de "curtir a vida" adoidado, sair pra mil festas, beber, usar drogas e conhecer gente nova. É uma vontade de sossego, de paz interior, de busca por algo que não tem nome.
Não é uma vontade de "curtir a vida" adoidado, sair pra mil festas, beber, usar drogas e conhecer gente nova. É uma vontade de sossego, de paz interior, de busca por algo que não tem nome.
Só que esse é um processo que está me dando trabalho e acabando comigo. Ainda sou tããão apegada ao material, tão consumista que me dói às vezes, porque sei que vai ficar tudo aqui quando eu me for. Quando analiso minhas metas, a maioria é intelectual, de consumo, ou coisas futuras demais. Vivo tanto no futuro que esqueço do presente. Às vezes fico tão centrada em mim, nas minhas ambições e no meu umbigo que esqueço o mundo à minha volta, esqueço de cuidar de quem eu amo, esqueço de olhar pra natureza e aprender com ela, esqueço de pensar nas pessoas que posso estar prejudicando indiretamente. E o tempo passa, passa rápido demais. A semana passa, o mês passa e quando vemos já é outro ano. E quando vemos já é nosso aniversário de novo.
Eu tô numa puta crise. Não fiz nada que preste esse ano. Não ajudei ninguém. Não mudei nada na minha vida, sabe. Quero aprender a andar com as minhas próprias pernas, mas e a coragem? A gente se acomoda de uma tal forma, por tantos anos, que quando decidimos mudar o medo toma conta da gente e nos cega. Nos submetemos a essa vidinha medíocre por tanto tempo que quando tentamos revolucionar, "sair da casinha", ficamos congelados de pavor. A vida é cheia de significados e para aprendê-los não precisamos de dicionário algum, apenas experiências. E é isso que eu quero pra minha vida.
Isso tudo é uma coisa introspectiva, não veio de ninguém, não fui influenciada por ninguém e nem quero ficar falando disso pra todo mundo, querendo mostrar que tô mudando, nem nada do tipo. Só acho que eu devia uma explicação pra vocês do porquê estou me afastando. Vocês que sempre me apoiaram em tudo, acompanharam diversos momentos da minha vida e estiveram ao meu lado nas minhas maiores conquistas. Vocês, que ouviram meus desabafos, leram minhas maluquices e tudo mais.
Eu tô numa puta crise. Não fiz nada que preste esse ano. Não ajudei ninguém. Não mudei nada na minha vida, sabe. Quero aprender a andar com as minhas próprias pernas, mas e a coragem? A gente se acomoda de uma tal forma, por tantos anos, que quando decidimos mudar o medo toma conta da gente e nos cega. Nos submetemos a essa vidinha medíocre por tanto tempo que quando tentamos revolucionar, "sair da casinha", ficamos congelados de pavor. A vida é cheia de significados e para aprendê-los não precisamos de dicionário algum, apenas experiências. E é isso que eu quero pra minha vida.
Isso tudo é uma coisa introspectiva, não veio de ninguém, não fui influenciada por ninguém e nem quero ficar falando disso pra todo mundo, querendo mostrar que tô mudando, nem nada do tipo. Só acho que eu devia uma explicação pra vocês do porquê estou me afastando. Vocês que sempre me apoiaram em tudo, acompanharam diversos momentos da minha vida e estiveram ao meu lado nas minhas maiores conquistas. Vocês, que ouviram meus desabafos, leram minhas maluquices e tudo mais.
Enfim, esse é só um desabafo e um ensaio do que pode vir a ser uma futura exclusão do blog. Não sei se ele vai continuar falando por mim, representando meus objetivos e desejos de vida, ainda estou pensando muito sobre tudo. Mas não considerem isso uma despedida. Se eu animar, talvez eu volte, mas no momento preciso refletir um pouco. Espero que entendam. As coisas mudam. Precisam mudar.