Desconfio que não. Tem gente que erra na moeda – acha que amor se compra com carro importado, vodka em cima da mesa, roupa de grife e pulseirinha VIP pra balada. Tem gente que erra na medida – confunde amor com possessão e ciúme com demonstração de carinho. Tem gente que erra na matemática – não entende que, se não vier pra somar alegrias e subtrair tristezas, de nada adianta. E tem gente que erra por puro egoísmo. Por medo de se envolver. A esses, deixo um desafio.
Amar é se doar. E se doar é coisa de gente que sabe que coração é que nem almoço em casa de vó: abundante, gostoso, quentinho, reconfortante. Ninguém morre de se doar – mas já ouvi falar de gente que morre de tanto economizar sentimento. Porque sentir é o que nos faz vivos. E se permitir sentir é, acima de tudo, coisa de gente que tem coragem. Já dizia Mahatma Gandhi: “um covarde é incapaz de demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos”. Por isso, se tiver vontade, ligue. Se gostou da companhia, mande uma mensagem. Se quiser tentar uma aproximação, diga um simples “oi”. Um minuto de coragem pode mudar a sua vida.
E aí, vai se jogar ou vai continuar se escondendo atrás do escudo do medo?