Olá, meninas! Vocês com certeza já devem ter ouvido falar do perfume Chanel Nº5 e visto muitas fotos desse vidrinho por aí, não é mesmo!? Mas vocês sabem a história dele? Lendo o livro O Evangelho de Coco Chanel, da autora Karen Karbo, me veio a ideia de fazer esse post. No livro tem um pedaço da história dele e decidi transcrevê-la para cá para vocês também ficarem sabendo um pouco sobre esse perfume tão famoso e cobiçado. Vou dividir o post em 2 partes, para não ficar cansativo. Espero que gostem!
O maior sucesso da vida de Chanel não foi a criação do pretinho básico (que segundo o chanelore foi rabiscado em mais ou menos noventa minutos numa tarde enfadonha), a invenção da semijoia ou o elegante conjunto de bouclé usado na década de 1960 por Jackie Kennedy.
O maior sucesso de Chanel foi um cheiro de rose de mai ou jasmim, talvez com um pouco de vetiver. Se você aplicou há pouco o seu Chanel Nº5 poderá sentir o perfume de notas altas picantes, as moléculas de aldeído inteiramente artificiais com o cheiro de floral branco que o distinguiu de todos os outros perfumes quando ele foi lançado em 1920, 1921, 1922 ou 1923 (dependendo da versão do chanelore que se consulta).
O 5, com ele é chamado no comércio de perfumes, é até hoje o perfume mais popular; a companhia avalia que em todo o mundo a cada 55 minutos se vende um vidro dele. Há quanto tempo ele vem sendo vendido nessa quantidade não se sabe. O que sabemos é que durante a Segunda Guerra Mundial, mesmo depois de Chanel ter fechado a sua casa, os vidros do Nº5 deixavam a butique em números recordes, comprados primeiro pelos oficiais alemães e depois pelos soldados da libertação, que o levavam de presente para a mulher ao voltarem para casa.
Não é de estranhar que os respeitados e meticulosos biógrafos de Chanel não tenham conseguido concordar quanto ao ano em que o Nº5 tomou de assalto a sociedade; ninguém concorda tampouco quanto às origens do perfume. É o que Mademoiselle Desinformação queria. O mundo da perfumaria se movimenta envolto em mistério e a história que cerca o perfume assinado por Chanel seria sempre inescrutável, embora absolutamente encantadora, como condiz com um perfume icônico.
Chanel não foi a primeira costureira a criar o seu próprio perfume, e, como sempre, quando não era a primeira a fazer algo, ela revolucionava totalmente o conceito a tal ponto que podia reivindicar ser a primeira. Ela mudava os preceitos e depois se parabenizava por ser a única pessoa chique o suficiente para segui-los.
Antes do Nº5 os perfumes se baseavam num único cheiro floral, intenso, perseverante, e como se tivesse sido criado não para sublinhar o fascínio de uma mulher, mas sim para encobrir um grave problema de CC. Eles tinham nomes ridículos, exagerados, como Corações Incendiados ou nomes desesperadamente melodramáticos como Sangue Francês ou O Fruto Proibido – e eram apresentados em vidros que podiam ser confundidos com relíquias sagradas. Em outras palavras, era tudo a antítese da sensibilidade moderna de Chanel.
Continua...